Lembro-me das lágrimas no cinema. Elas escorriam e brilhavam sobre seu rosto com a luz vinda da tela. Não faz diferença aqui o filme, e, hoje, sequer sou capaz de afirmar com certeza se era esta a causa daquelas lágrimas. Faziam parte de um processo silencioso e particular que eu não poderia interromper. Retornei minha atenção à tela e apenas apertei e acariciei a mão dela. A mão que tanto me deleitava observar, com todos os seus detalhes imperceptíveis à impaciência.
Que mistérios - para mim - passam a cada minuto por sua cabeça e que princípios e crenças determinam os comandos que percorrem o seu corpo em uma fração de segundo formando as ações e palavras, aquele dia, destinadas a mim? Que desejos e vontades. Que sentimentos...
O mundo é tão rápido.
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